Joaquim Pinto de Andrade. Uma Quase Autobiografia
Joaquim Pinto de Andrade. Uma Quase Autobiografia
Diana Andringa e Victória de Almeida e Sousa (orgs.)
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Este livro é uma biografia de Joaquim Pinto de Andrade feita a partir de entrevistas, documentos e imagens recolhidas de diversas fontes. Narra a sua actividade política, que lhe mereceu ser nomeado no início da década de sessenta Presidente de Honra do MPLA e lhe valeu também um longo exílio e sucessivas prisões ditadas polícia política portuguesa (PIDE), até à chegada do 25 de Abril de 1974, que derrubou o regime fascisto-colonial em Portugal.
Numa altura em que se começa a reconstruir a memória colectiva da geração de que ele fez parte, são aqui partilhados documentos e testemunhos que ajudarão a conhecer mais um pedaço da História de Angola, por via daquela que foi a incessante luta de Joaquim Pinto de Andrade pela libertação e promoção do povo angolano.
Numa altura em que se começa a reconstruir a memória colectiva da geração de que ele fez parte, são aqui partilhados documentos e testemunhos que ajudarão a conhecer mais um pedaço da História de Angola, por via daquela que foi a incessante luta de Joaquim Pinto de Andrade pela libertação e promoção do povo angolano.
Ano de edição: 2017
Páginas: 372
Coleção: Vidas
Dimensões: 21,4 x 28,2 cm
Encadernação: Cartonado
ISBN: 978-972-36-1572-2
Ver detalhes completosDiana Andringa
Nasceu em 1947, no Dundo, Lunda-Norte, Angola, vindo para Portugal em 1958. Em 1964 ingressou na Faculdade de Medicina de Lisboa, que abandonou para se dedicar ao jornalismo. Em 1968, frequentou o 1o Curso de Jornalismo criado pelo Sindicato dos Jornalistas e entrou para a Vida Mundial, de onde saiu no âmbito de uma demissão colectiva. Desempregada, foi copywriter de publicidade, trabalho que a prisão pela PIDE, em janeiro de 1970, interrompeu. Condenada a 20 meses de prisão por apoio à causa da independência de Angola – no mesmo processo em que foi julgado Joaquim Pinto de Andrade –, voltou ao jornalismo. De 1978 a 2001 foi jornalista na RTP. Foi também cronista no Diário de Notícias, na RDP e no Público e fugaz directora-adjunta do Diário de Lisboa. Regressou depois à universidade, doutorando-se em Sociologia da Comunicação pelo ISCTE em 2013. Na atualidade é documentarista independente, sendo responsável pelos documentários “Timor-Leste. O sonho do Crocodilo”; “Guiné--Bissau: As duas Faces da Guerra” (co-realização com o cineasta guineense Flora Gomes); “Dundo, Memória colonial”, “Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta”, “Operação Angola. Fugir para lutar”.
Victória de Almeida e Sousa
Nasceu em Luanda, a 13 de Agosto de 1936. Concluiu no Liceu Salvador Correia de Luanda o curso liceal, indo depois estudar Medicina em Lisboa. Em Março de 1965 foi presa pela PIDE, por pertencer a um grupo de nacionalistas angolanos que exerciam actividades conspirativas em Luanda e em Lisboa, em prol do MPLA e da extensão da luta às cidades angolanas. Viria a sair da cadeia em 30 de Junho de 1967. Em Novembro de 1971, casou com Joaquim Pinto de Andrade, preso na Cadeia do Forte de Peniche e que, para tal, pedira a recondução ao estado laico. Regressada a Angola após o 25 de Abril de 1974, manteve – como cidadã, católica e médica – persistente intervenção social em auxilio dos mais desfavorecidos. Como catequista foi impulsionadora de um Grupo de Cuidados Domiciliários; organizou postos de atendimento médico primário em algumas paróquias; dinamizou grupos de reflexão e discussão com jovens insistindo na participação activa dos católicos em todas a esferas da vida angolana. Foi professora de Cuidados Primários de Saúde no ICRA, instituição católica vocacionada para a formação de Educadores Sociais. Trabalhou no Hospital Josina Machel no Serviço de Pediatria até 1983, altura em que se junta a um grupo de trabalho em Saúde Pública. Foi representante da AMI para Angola em 1995-1997. Membro da Associação Cívica Angolana desde a sua fundação, manteve intervenção politica sempre que possível, mas não aderiu oficialmente a nenhuma formação partidária. A sua intensa actividade social viria a ser condicionada pela doença do seu marido, Joaquim Pinto de Andrade. Após a morte deste, em 23 de Fevereiro de 2008, e até à sua própria morte, em 2015, dedicou-se a reunir e compilar muito do material integrado neste livro, numa firme intenção de preservar parte da memória nacional.
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