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Escura Primavera

Escura Primavera

António Roma Torres

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Escura Primavera é uma adaptação de Antígona, de Sófocles, situada no ambiente de uma Clínica Psiquiátrica.
Seguindo a leitura proposta pelas psicanalistas Ginette Rainbault e Caroline Eliacheff em Les Indomptables, Figures de la Anorexie, Antígona é uma paciente anoréctica em cujo retrato confluem textos de figuras da história e da cultura provavelmente afectadas por esta doença, como Santa Catarina de Siena, Ellen West, Simone Weil e a Beata Alexandrina Maria da Costa, enquanto Polínices, que na tragédia grega está morto no início da acção, é um doente psicótico para cuja composição se usaram textos de Antonin Artaud e do personagem de Johannes no filme de Carl Th. Dreyer, a Palavra.
Paralelamente, Creonte e Hémon são psiquiatras de diferentes gerações, que encarnam os dilemas desta especialidade médica, entre as descobertas científicas que permitem reduzir o caos interior e a necessidade de compreensão das dimensões mais complexas do ser humano.

Ano de edição: 2018

Páginas: 84

Coleção: Teatro

Dimensões: 14,4 x 20,7 cm

Encadernação: Brochado

ISBN: 978-972-36-1630-9

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António Roma Torres

António Roma Torres, depois de uma carreira como médico psiquiatra no Centro Hospitalar São João, onde foi director do Serviço de Psiquiatria entre 2007 e 2017, e crítico de cinema em órgãos de imprensa como Jornal de Notícias (1975-2001) e Público/Ípsilon (2019-2023), ou no semanário Voz Portucalense e na revista de cinema A Grande Ilusão, tem vindo a publicar diálogos dramáticos que abordam realidades políticas como o início das navegações portuguesas ou a intervenção do corpo expedicionário na I Guerra Mundial (Novo Céu) e a república romana (César e Cícero), a problemática das instituições psiquiátricas e de apoio social (Escura Primavera, A Paixão de José Ajudado) e do desenvolvimento histórico das psicoterapias (Tudo Espantalhos, O Rei da Áustria), além de uma incursão também no teatro infantil (Os Dois Sarafanos). O Último Cigarro constitui mais uma contribuição numa estética da recepção de vultos maiores da história numa procura psicodramática do acto de pensar, elaborada também na produção ensaística em Tudo o que Sempre Quis Saber Sobre Psicodrama Mas Nunca Ousou Perguntar a Woody Allen e Espelhos Mágicos – A Filmosofia em Manoel de Oliveira.

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