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Poema Pial

Poema Pial

Fernando Pessoa e Manuela Bacelar

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Manuela Bacelar ilustra o «Poema Pial», de Fernando Pessoa.

Ano de edição: 2006

Páginas: 52

Coleção: Álbuns

Dimensões: 21,4 x 29 cm

Encadernação: Cartonado

ISBN: 978-972-36-0849-6

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Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águiacom artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.

Manuela Bacelar

Manuela Bacelar nasceu em Coimbra, em 1943. Realizou os seus estudos secundários no Porto, na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis. Continuou os seus estudos artísticos, em Praga, na Escola Superior de Artes Aplicadas, onde foi bolseira de 1963 a 1970, concluindo o Curso de Ilustração. Em 1971, fixou-se na cidade do Porto, onde reside desde então. É já conhecida do público português, nomeadamente das crianças. Artista plástica e ilustradora de renome, é autora e coautora de algumas das obras incontornáveis de literatura infantil: Os Ovos Misteriosos, Tobias, O Meu Avô, O Dinossauro, Sebastião, Bernardino

São já cento e tal títulos, ilustrados mas também escritos. Alguns dos quais vencedores de prémios nacionais e internacionais. Vários estão traduzidos em França, Bélgica, Dinamarca, Líbano, Marrocos e Espanha.

Primeira grande referência da ilustração para a infância em Portugal do período pós 25 de Abril de 1974.

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