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O Vinho Para O Preto

O Vinho Para O Preto

Notas e textos sobre a exportação do vinho para África

José Capela

PROMOÇÃO 10% ESGOTADO

Porquê um pequeno volume dedicado ao problema da exportação do vinho português para Moçambique?

Na realidade, este problema — porque também é um problema! — envolve muito mais que tal enunciação pode deixar perceber e a sua análise implica, por igual, a análise de todo o processo de relações metrópole-colónia.

Quem tiver oportunidade de manusear não mais que as publicações — e na generalidade publicações de departamentos oficiais — dos nossos colonialistas de nome mais acreditado na praça própria, do último quartel do sec. XIX até aos nossos dias, surpreende-se com a linguagem monocórdica no tratamento do problema que envolve o consumo de álcool pelos africanos e a exportação do vinho metropolitano para Angola e Moçambique.

Ora, a colocação deste assunto corre de par com a da contradição mais flagrante nas relações Metrópole — Colónias: a que se expressa na área económica. E não é que se integre nela como uma questão menor. Pelo contrário, é o tema que, de tempos a tempos, vem monopolizando a atenção dos administradores da coisa pública, do comércio e, correspondentemente, da imprensa.

Como se nos atigura, o caso do vinho, do «vinho para o preto», designação do final do séc. XIX, tipifica, por amostragem, mas claramente, toda uma situação global de relações económicas.

Ano de edição: 1973

Páginas: 176

Coleção: As Armas e os Varões

Nº de coleção: 2

Dimensões: 12,2 x 19,5 cm

Encadernação: Brochado

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José Capela

José Capela nasceu a 25 de março de 1932, em Arrifana, concelho da Feira, e morreu no Porto em 2014. Em 1954 concluiu o curso de Teologia no Seminário Maior do Porto. Chefe de redação do jornal Diário de Moçambique desde 1956, passou em agosto de 1959 a diretor-adjunto do mesmo jornal. Em junho de 1962 lançou na Beira o jornal Voz Africana e no ano seguinte fundou em Lourenço Marques a revista Economia de Moçambique. Participou em janeiro de 1970 na fundação do jornal Voz Portucalense, no Porto, onde foi editor.
De 1978 a 1996 foi Adido Cultural na Embaixada de Portugal no Maputo. Referência segura e indispensável quando se trata da História de Moçambique, seja no período pré-colonial, seja nos que se lhe seguiram, principalmente no que diz respeito ao século XX. Foi investigador no Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

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