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Fazer Política

Fazer Política

Uma Etnografia da Assembleia da República

João Mineiro

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Partindo de uma discussão sobre o carácter polissémico da ideia de política, esta investigação tem por objetivo compreender que entendimento particular da política está subjacente à vida parlamentar e de que forma este é construído e reproduzido.
Para tal, realizou-se uma etnografia da Assembleia da República centrada nas interações entre deputados, assessores, funcionários, jornalistas e cidadãos. Sugere-se que no Parlamento se constrói uma ideia da política enquanto prática especializada e estruturalmente articulada com processos de diferenciação e desigualdade social e de poder.
Essa ideia é estruturada na relativa circunscrição social do corpo de representantes, nos rituais públicos que os distinguem, nas relações de bastidores que geram inter-reconhecimento, na rede de hierarquias formais e informais que organizam o quotidiano e na forma como os parlamentares incorporam formas de adaptação permanente que proporcionam reconhecimento simbólico ao seu estatuto social.
Destaca-se o papel dos funcionários na transmissão da memória, e dos jornalistas na reprodução da política enquanto esfera autónoma da realidade. Neste sentido, esta obra oferece um olhar etnográfico sobre a instituição da política enquanto forma de distinção social, por oposição ao seu entendimento enquanto dimensão potencial das relações humanas.

Ano de edição: 2022

Páginas: 320

Coleção: Biblioteca das Ciências Sociais | Plural

Dimensões: 16,5 x 24 cm

Encadernação: Brochado

ISBN: 978-972-36-1940-9

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João Mineiro

João Mineiro (n.1992) é investigador. Doutorado em Antropologia e Mestre em Sociologia pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. É membro do Centro em Rede de Investigação em Antropologia. Recentemente foi coautor de Novas e Velhas Extremas-Direitas (2021, coord.), ABC do Socialismo (2019, coord.), Caloiros e Doutores (2018), O Espectro dos Populismos (2018), O Estado por Dentro (2017) e Desobedecer à Praxe (2015). Entre outras distinções recebeu o Prémio de Iniciação à Investigação em Sociologia (2019) pela Associação Portuguesa de Sociologia. Foi dirigente da Associação de Estudantes do ISCTE-IUL e representante dos estudantes no Conselho Geral da instituição. Como freelancer, faz crítica de música e de teatro e colabora na área da comunicação cultural.

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