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Excepção Atlântica

Excepção Atlântica

Pensar a Literatura da Guerra Colonial

Roberto Vecchi

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Pensar a literatura da guerra colonial é um modo, talvez oblíquo, de a reler, porque nela se insinuam, encobertos ou recalcados, rastos de um passado que ainda foge à fundação de uma memória compartilhada. A experiência incómoda da guerra colonial, de facto, proporciona material teórico e imagético relevante para uma possível genealogia da identificação de uma nação e de um império estilhaçados, suspensos entre a perda impreenchível de marcas de auto-reconhecimento e a vertigem de uma possível palingenesia total. Um corpus textual da literatura da guerra, seleccionado através de uma problematização de ordem canónica, é repensado a partir de alguns paradigmas críticos melancólico, testemunhal, residual, trágicomoderno, traumático, biopolítico, etc. - que procuram, na sua precariedade, localizar - mais do que preencher - faltas e perdas de conhecimento. Em jogo, o limiar trágico e esfarrapado de uma tensão ainda em curso entre o colonialismo e o que se seguiu, depois e além dele. A excepção que a guerra permite pensar em múltiplos sentidos, mas sobretudo a partir de uma desmontagem enquanto categoria da filosofia política, contribui para elaborar, através da própria reconfiguração paradigmática praticada no livro, uma crítica directa ao excepcionalismo atlântico da revisão luso-tropicalista do império que se desfez. O que sempre falta é pensar Portugal.

Ano de edição: 2010

Páginas: 240

Coleção: Textos

Dimensões: 16,1 x 23,8 cm

Encadernação: Brochado

ISBN: 978-972-36-1100-7

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Roberto Vecchi

Roberto Vecchi é professor catedrático de Literatura Portuguesa e Brasileira e de História das Culturas de Língua Portuguesa na Universidade de Bolonha. É, desde 2007, coordenador da Cátedra Eduardo Lourenço (Camões-UNIBO), com Margarida Calafate Ribeiro. De 2014 a 2021 foi presidente da AIL, Associação Internacional de Lusitanistas. Autor de uma bibliografia extensa sobre a teoria e a história das culturas de língua portuguesa, assinalam-se, em coautoria com Vincenzo Russo, o volume A literatura portuguesa (Modos de Ler, 2022), e, em coautoria com Margarida Calafate Ribeiro, o volume Eduardo Lourenço: Uma geopolítica do pensamento (Edições Afrontamento, 2023).

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