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África, os Quatro Rios

África, os Quatro Rios

A representação de África através da literatura de viagens europeia e norte-americana

António Pinto Ribeiro

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África, os Quatro Rios evoca quatro grandes rios africanos - o Níger, o Zambeze, o Nilo e o Congo - para a partir deles nos oferecer uma reflexão sobre as representações de África registadas na literatura de viagens do Ocidente. Considerando, num primeiro momento, um conjunto de textos de viajantes dos séculos XVIII e XIX, posteriormente o autor concentra-se na análise de três de autores europeus e um de um autor americano, cujos percursos decalcaram rotas ao longo dos grandes rios africanos referidos: Ébano.
Febre Africana, de Ryszard Kapuscinski, Aventuras em África, de Gianni Celati, Baía dos Tigres, de Pedro Rosa Mendes e Viagem por África, uma viagem por via terrestre entre o Cairo e a cidade do Cabo, de Paul Theroux. As viagens que enformam estas obras foram realizadas depois de 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, em que assistimos à passagem de uma África colonizada para uma África independente e pós-colonial.
Quem são estes viajantes escritores? Que subjectividades, preconceitos e continuidades ou rupturas existem nestes modos de narrar África? Que passados são geridos e reescritos? Que relação entre África e Europa é aqui re-apresentada? E que futuros são gerados por estas narrativas?
(Margarida Calafate Ribeiro)

Ano de edição: 2017

Páginas: 172

Coleção: Textos

Dimensões: 15,9 x 24,4 cm

Encadernação: Brochado

ISBN: 978-972-36-1565-4

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António Pinto Ribeiro

Nasceu em Lisboa, viveu em vários países em África, continente que visita com regularidade no âmbito das suas actividades. Fez a sua formação académica em Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos de Cultura. É investigador associado do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra inserido no projeto “MEMOIRS – Filhos de império e pós-memórias europeias” (financiado pelo Conselho Europeu de Investigação). A par do seu trabalho de investigador e professor tem desenvolvido atividades de programação e de curadoria internacionais. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, nomeadamente da Fundação Calouste Gulbenkian (2004- 2015) e da Culturgest (1993-2004). Os seus principais interesses desenvolvem- se na área da arte contemporânea, especificamente artes em África e na América Latina.
Das suas publicações mais recentes destacam-se Novo Mundo – Arte Contemporânea no tempo da pós-memória (2021), Peut-on Décoloniser les Musées? (2019), África, os quatro rios – A representação de África através da literatura de viagens europeia e norte-americana (2017) e a organização dos dois volumes de O Desejo de Viver em Comum (2018) no âmbito das conferências da Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017.

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