A cantiga só é arma quando a luta acompanhar!
A cantiga só é arma quando a luta acompanhar!
Canção e política na Revolução dos Cravos (1974-1976)
Hugo Castro
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Após décadas de censura e de restrições à liberdade de expressão, o 25 de Abril de 1974 abriu as portas às canções «proibidas». Os músicos e cantores que se haviam destacado pela elaboração de repertórios de crítica e de protesto contra o regime ditatorial deposto passaram a ocupar o espaço público e mediático, com um renovado estatuto e papel interventivo. Ao longo do período revolucionário e de transição democrática, a urgência por profundas transformações das realidades sociais, culturais e políticas leva-os a percorrer todo o país. Atuam em aldeias, fábricas e quartéis, profundamente envolvidos no apoio ao amplo e efusivo movimento popular, organizado em comissões de trabalhadores e de moradores, assembleias populares, cooperativas e associações artísticas e culturais, exercendo a sua atividade na órbita de várias organizações, sindicatos e partidos de esquerda que então proliferam na cena política portuguesa. Neste contexto, as canções foram uma ferramenta essencial de transmissão, discussão e reflexão sobre a situação política.
Neste livro, são analisadas as práticas inerentes à atividade musical destes agentes em articulação com os posicionamentos políticos e afinidade ideológica com as várias esquerdas, sobretudo do Partido Comunista Português e de partidos e organizações de esquerda radical. Através da análise dos percursos, motivações e ideários políticos de vários intervenientes, são discutidas diferentes perspetivas para a transformação e valorização das expressões artísticas de cultura popular, alinhadas com a defesa de valores revolucionários.
Ano de edição: 2025
Páginas: 376
Coleção: Biblioteca das Ciências Sociais | História
Nº de coleção: 54
Dimensões: 16,5 x 23,5 cm
Encadernação: Brochado
ISBN: 978-972-36-2131-0
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Hugo Castro
Hugo Castro é investigador integrado do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) da NOVA FCSH. É licenciado em Antropologia pela Universidade de Coimbra (2006) e completou o mestrado (2012) e o doutoramento (2022) em Ciências Musicais, especialização em Etnomusicologia, na NOVA FCSH, tendo defendido uma tese de doutoramento com o título «A cantiga só é arma quando a luta acompanhar: Canção e política na Revolução dos Cravos (1974-1976)» (Programa de Doutoramento FCT «Música Como Cultura e Cognição», ref.ª de bolsa PD/BD/ /114394/2016). Tem desenvolvido a sua investigação sobre vários assuntos do universo da música popular portuguesa, como as relações entre música, política e património, as práticas da canção de protesto e as indústrias musicais. Atualmente, é curador do acervo de José Mário Branco depositado no Centro de Estudos e Documentação José Mário Branco –Música e Liberdade, na NOVA FCSH. É representante do INET-md no Conselho Executivo do Observatório da Canção de Protesto e membro da Direção da Associação Lopes-Graça e da Associação José Afonso.
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