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Lama e Alvorada - Vol. II

Lama e Alvorada - Vol. II

Poesia Reunida 1953-2015

Volume II: Espaço Mortal, O Nariz, Campa Rasa, Poesia da Infância e Primeira Juventude

Afonso Cautela

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Afonso Cautela, nascido no Baixo Alentejo, publicou o seu primeiro livro de poemas, Espaço Mortal, em 1960. Nessa estreia, logo se percebeu que o autor entendia a sua actividade como de alto risco. A poesia não era para ele um adorno inofensivo, nem uma questão de erudição, nem mesmo de talento, mas um lugar inequívoco onde o poeta jogava a sua sorte. Nesse espaço, que suspendia o mundo, se decidia a vida ou a morte.
[...]

No ano seguinte, Afonso Cautela deu à estampa novo livro, O Nariz, que confirmou, com incidências agora satíricas, a direcção anterior.
[...]

Cinquenta anos depois Afonso Cautela publicou novo livro de poesia, Campa Rasa e outros poemas (Edições Sempre-em-Pé, 2011). [...] Em cinquenta anos de silêncio público, mudou ou não a poesia de Cautela? Ao invés do que se poderia esperar de tão longo hiato, não mudou. Logo no letreiro, Campa Rasa, se percebe o mesmo espaço mortal da sua estreia. De novo aqui, neste derradeiro palmo de terra, rural e raso, o que se joga continua a ser uma questão decisiva, tão decisiva como a morte diante da vida.
[...]

[Campa Rasa] aí se perfila como de suma importância, primeiro para o seu criador, que nele teve um momento epifânico de amor pelas coisas vivas e mortas, numa síntese que só ele sabe quão feliz, e em que faz pleno sentido o convite endereçado aos místicos da Arrábida e do Marão, e depois para nós, leitores, que vislumbramos através dos raios destas palavras, no palmo final de terra, ou no berço inicial, a unidade maior da Vida.

António Cândido Franco,
in SUROESTE - Revista de Literatura Ibérica, n.°2 (2012), p. 210


Ano de edição: 2024

Páginas: 208

Coleção: Obscuro Domínio

Dimensões: 16 x 23 cm

Encadernação: Brochado

ISBN: 978-972-36-2042-9

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Afonso Cautela

Foi jornalista, escritor e ecologista português. Destacou-se principalmente pelas suas causas ecologistas,tendo sido o primeiro jornalista em Portugal que chamou a atenção do público para os problemas do meio ambiente. Estudou no Magistério Primário de Faro, tendo concluído o curso em 1956. Enquanto estudava, escreveu alguns poemas para o jornal A Escola Nova, que era publicado pelos alunos daquela instituição.
Nos inícios da década de 1960, esteve integrado no Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Desde 1965 até à reforma, dedicou-se inteiramente ao jornalismo. Trabalhou em vários jornais, incluindo o República de 1965 a 1968, O Século de 1972 a 1977, e A Capital e 1982 a 1996. Neste último periódico foi responsável pela Crónica do Planeta Terra durante mais uma década, que se debruçava sobre as questões do consumo e da ecologia. Ao mesmo tempo manteve uma carreira como poeta tendo lançado três livros de poesia. Em 1965, foi responsável pela organização de duas antologias. Faz parte da antologia 800 Anos de Poesia Portuguesa.

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